Interrelação entre Qualidade de Vida, Resiliência e Síndrome de Burnout: estudo longitudinal com residentes multiprofissionais
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Palavras-chave

Qualidade de Vida
Resiliência
Burnout
Internato e Residência.

Como Citar

Dóro, M. P., Zampiron, K., Okumura, I., Andrzejevski, V. M. S., Lolatto, G. A., Antonechen, A. C., Leviski, B. L., Silva, R. L. G. da, Ramos, V. C., & Amaral, D. J. C. (2018). Interrelação entre Qualidade de Vida, Resiliência e Síndrome de Burnout: estudo longitudinal com residentes multiprofissionais. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 12(1), Pág. 83–100. https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2040

Resumo

Resumo: O programa de residência foi ampliado para demais áreas da saúde, o que levou a melhor qualidade assistencial aos pacientes, bem como a capacitação dos profissionais. A carga horária intensa somada às exigências e responsabilidades da rotina acaba sobrecarregando o residente. Assim, objetivou-se a avaliação da interrelação da Qualidade de Vida (QV), Resiliência e indícios de Síndrome de Burnout, por meio da Escala SF-36, Escala dos Pilares da Resiliência e Maslach Burnout Inventory, respectivamente. A amostra foi composta por 49 residentes multiprofissionais, entrevistados em quatro momentos. Trata-se de um estudo longitudinal, quantitativo, exploratório e comparativo, cuja análise dos resultados se deu por estatística descritiva, análises multivariadas e univariadas e pós-teste de Tukey. Considerou-se nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Constatou-se um aumento significativo da Exaustão Emocional ao longo dos dois anos, aumento da satisfação pessoal no trabalho no final da residência. Prejuízo na QV em aspecto emocional e vitalidade. Desenvolvimento favorável nas subescalas dos pilares de resiliência, principalmente na Independência e Valores Positivos. Correlações negativas para as relações: vitalidade e exaustão emocional; aceitação positiva de mudança e domínio da dor; e autoconfiança com exaustão emocional e despersonalização. Esses resultados auxiliam na identificação dos fatores preditivos favoráveis e desfavoráveis do perfil dos residentes e denotam a importância de atentar ao bem-estar destes.
https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2040
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