Experiência de atuação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família na Atenção à Saúde do Adolescente
PDF

Como Citar

Norberta Bezerra de Moura, T., Carreiro Santiago, A. K., & Bandeira Santos, M. (2018). Experiência de atuação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família na Atenção à Saúde do Adolescente. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 12(1), Pág. 181–189. https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2208

Resumo

O adolescente é considerado vulnerável aos agravos sociais devido à forma como lidam com o desenvolvimento dos fatores biopsicossociais. Dessa forma, o presente artigo pretende descrever uma experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade na execução de oficinas com adolescentes de uma comunidade em Teresina. Para tal, as oficinas aconteciam na Unidade Básica de Saúde e teve parceria com as equipes do turno da manhã. Cada oficina tinha início com uma dinâmica para, em seguida, discutir sobre um tema específico. Ao final, os adolescentes sugeriam os temas a serem abordados no encontro seguinte, por meio da árvore de sugestões, realizava-se uma dinâmica e confraternizava-se com um lanche. Realizaram-se quatro encontros com os temas: alterações fisiológicas e psicológicas no corpo; influência da mídia sobre a questão de gênero; distúrbios alimentares e alimentação saudável; e álcool e outras drogas. Apesar do número de adolescentes ter reduzido na última oficina realizada, observou-se uma participação efetiva em todas elas, o que pode ser dado ao fato da utilização de rodas de conversas, dinâmicas e brincadeiras, proporcionando a mediação do processo ensino-aprendizagem de maneira prazerosa com espaço para reflexões acerca das atividades propostas, do conhecimento adquirido e de experiências pessoais estimulando e facilitando a compreensão das informações transmitidas. Observou-se a importância de atividades voltadas aos adolescentes, tendo em vista a vulnerabilidade deste grupo, principalmente quando se trata do auto cuidado com a saúde.
https://doi.org/10.18569/tempus.v10i4.2208
PDF

Referências

Brasil. Presidência da República. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília. 1990.

Saito MI. Adolescência, cultura, vulnerabilidade e risco. Pediatria. 2000; 22(8): 217-29.

Schenker M, Minayo MCS. A importância da família no tratamento do uso abusivo de drogas: uma revisão da literatura. Cad. Saúde Pública. 2004; 20(3):649-59.

Lima PVC, Rodrigues AK, Costa RS, Rocha RDL. Saúde do adolescente - conceitos e percepções: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. 2014; 8(1):146-54.

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde do adolescente: competências e habilidades. Brasília (DF), 2008.

Carvalho AMC, Araújo TME. Fatores associados à cobertura vacinal em adolescentes. Acta Paul Enferm. 2010;23(6): 796-802.

Pedroza JIS. Educação popular no Ministério da Saúde: identificando espaços e referências. In: BRASIL. Caderno de educação popular e saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007.

Lazzarotti Filho A, Bandeira LB, Jorge AC. A educação do corpo em ambientes educacionais. Pensar a Prática. 2005; 8(2):141-61.

Gontijo DT, Medeiros M. Adolescência, gênero e processo de vulnerabilidade/desfiliação social: compreendendo as relações de gênero para adolescentes em situação de rua. Revista Baiana de Saúde Pública. 2009; 33(4): 605-17.

Oliveira QBM. Dialogando sobre algumas questões de gênero e prevenção à violência e promoção da saúde na adolescência. Ciência & Saúde Coletiva. 2011; 16(10):3985-91.

Wiese IRB, Saldanha AAW. Vulnerabilidade dos adolescentes às DST/AIDS: ainda uma questão de gênero? Psicologia, Saúde & Doenças. 2011; 12(1):105-18.

Carvalho PHB, Sousa CZ, Cipriani CB, Miranda VPN, Ferreira MEC. Satisfação corporal e comportamentos alimentares em adolescentes do sexo feminino. Coleç Pesqui Educ Fís. 2011; 10(3):165-72.

Nunes MA, Olinto MTA, Barros FC, Camey S. Influência da percepção do peso e do índice de massa corporal nos comportamentos alimentares anormais. Rev Bras Psiquiatr. 2001; 23(1):21-7.

Zeitoune RCG, Ferreira VS, Silveira HS, Domingos AM, Maia AC. O conhecimento de adolescentes sobre drogas lícitas e ilícitas: uma contribuição para a enfermagem comunitária. Esc. Anna Nery. 2012; 16(1):57-63.

Cavalcante MBPT, Alves MDS, Barroso MGT. Adolescência, álcool e drogas: uma revisão na perspectiva da promoção da saúde. Escola Anna Nery. 2008; 12(3):555-59.

Minayo MCS, Schenker M. Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na adolescência. Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10(3):707-17.

Sousa PHC. Domiciano BR, Gonçalves MO, Teles MD, Pinheiro Júnior FML, Macena RHM. Educação em Saúde e Fisioterapia: Prevenção ao Uso de Drogas para Adolescentes em Vulnerabilidade Social. RevFisioter S Fun. 2013; 2(2): 21-6.

Pelicioni MCF, Pelicioni AF. Educação e promoção da saúde: uma retrospectiva histórica. Mundo da saúde. 2007; 31(3):320-28.

Coscrato G, Pina JC, Mello DF. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paul Enferm. 2010; 23(2):257-63.