https://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/issue/feedTempus – Actas de Saúde Coletiva2025-05-06T20:00:22+00:00Profa. Dra. Elmira Simeãorevistatempusactas@gmail.comOpen Journal Systems<p><strong>Tempus – Actas de Saúde Coletiva</strong></p> <p><strong>ISSN 1982-8829</strong></p>https://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/3544Gestão da Informação em Saúde pelos profissionais da Enfermagem no Brasil durante a pandemia de covid-19 2025-05-04T21:04:21+00:00 Luana Costaludias02@gmail.comJosé da Paz Alvarengaalvarengajose@yahoo.com.br João Paulo Silvajpaulofs@unb.brSuderlan Leandrosuderlan.leandro@gmail.com Ana Valéria Mendonçavaleriamendonca@gmail.comMaria Fátima Sousamariafatimasousa09@gmail.com<p>Analisar a gestão da informação e tradução do conhecimento em saúde pelos profissionais de <br>enfermagem no Brasil, considerando variáveis do acesso à informação no trabalho no âmbito da Atenção <br>Primária à Saúde durante a pandemia de covid-19. Material e Métodos: Estudo de métodos mistos. <br>Pesquisa realizada em estados e municípios da cinco regiões brasileira, entre novembro de 2019 a agosto <br>de 2021, nos serviços da Atenção Primária à Saúde. Participaram da pesquisa quantitativa 7.308 <br>enfermeiras(os) Na pesquisa qualitativa 858 profissionais selecionados em municípios intermediários <br>adjacentes, intermediários remotos, rurais adjacentes, rurais remotos e urbanos. Foram incluídas <br>enfermeiras(os) em atuação a partir de três anos na assistência ou gestão na Atenção Primária à Saúde. <br>Excluídas(os) as(os) que exerciam preceptoria nos serviços, consultoria; e sem vínculo formal de trabalho e <br>aqueles ausentes do trabalho por férias ou licença de qualquer natureza. Os dados quantitativos foram <br>processados através do SPSS®. E para os dados qualitativos, utilizou-se o NVivo®. Adotou-se a análise de <br>conteúdo temática. Fez-se a integração dos resultados quantitativos e qualitativos, favorecendo as análises <br>das evidências da pesquisa. Pesquisa aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de <br>Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, parecer nº 3.619.308. Resultados: A maioria, das(os) <br>enfermeiras(os) pesquisadas(os), (87,4%) acessa informações relativas à Atenção Primária à Saúde no <br>Brasil. O principal meio de acesso é digital (85,2%). Os lugares de acesso, prevaleceram o trabalho <br>(71,8%) e a casa (65,4%). As fontes governamentais representam os principais locais de publicações <br>(72,7%); seguidas das mídias sociais (51,4%). As revistas científicas foram referidas por 45,6% das(os) <br>enfermeiras(os) participantes. Livros especializados são acessadas por apenas 35,5%. Menos da metade <br>(45.1%), não participaram de seminários e/ou encontros científicos de sua área de atuação nos últimos <br>dois anos que antecederam a realização da pesquisa e 53.3% afirmaram terem feito cursos de atualização <br>neste período. Apenas 14, 1% estão associados(as) a alguma entidade representativa da Enfermagem. <br>Mais de 85% revelaram a necessidade de aprimorar conhecimentos em Atenção Primária à Saúde. <br>Conclusão: O estudo evidenciou que a gestão da informação em saúde pelos profissionais da Enfermagem <br>no Brasil durante a pandemia de Covid-19, corrobora na tradução do conhecimento, ancorado com <br>predominância de acesso às fontes governamentais. Constatou-se que as publicações cientificas e livros <br>especializados embora em menores percentuais, ainda são referenciais adotados pelos profissionais. <br>As(os) enfermeiras(os) demonstraram necessidade de aprimorar conhecimentos na sua área atuação – a <br>Atenção Primária à Saúde.</p>2025-05-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletivahttps://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/3543Desinformação e as práticas dos Agentes Comunitários de Saúde no Brasil2025-05-04T20:50:05+00:00Ana Valéria Mendonçavaleriamendonca@unb.brLuana Costadias.ld@aluno.unb.brMaria Fátima Sousavaleriamendonca@unb.br<p>A Atenção Primária à Saúde (APS) é uma estratégia de reorganização do modelo de atenção à saúde <br>desenvolvido a partir dos princípios do SUS, principalmente a universalidade, a equidade, a <br>descentralização, a integralidade e a participação popular. Destaca-se ainda a existência da categoria <br>do Agente Comunitário de Saúde (ACS) que tem por missão institucional e comunitária, melhorar a <br>capacidade da população para cuidar de sua própria saúde compartilhando informações e <br>conhecimentos essenciais para este fim. Eles encontram-se em quase todos os municípios <br>brasileiros. Dos 5.570 municípios existentes, os ACS estão em 5.507. Atualmente são 270.878 mil, <br>com a cobertura estimada de 64,46% da população, o que indica um recurso importante para o <br>trabalho em redes nos processos de cuidar da saúde, por meio de tecnologias de educação, <br>informação e comunicação, na cultura local. Uma etapa importante do trabalho desses profissionais e <br>os processos de informação em saúde, seja a busca por informações, seja a divulgação dessas <br>informações para a comunidade de seu território. As notícias falsas, chamadas de fake news, <br>representam uma ameaça à saúde coletiva. Com o aumento do fluxo de informações em mídias que 8<br>permitem o acesso indiscriminado de indivíduos e, consequentemente, o compartilhamento de <br>informações por todos eles, diminui, proporcionalmente, a capacidade de filtragem desses fatos. <br>Surge, desse modo, o fenômeno da desinformação, que se alimenta dos disparos de notícias falsas. <br>O objetivo deste trabalho é analisar o impacto da desinformação nas práticas dos agentes <br>comunitários de saúde no Brasil. Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, transversal e <br>analítico, a partir do qual se pretende identificar e analisar as experiências dos Agentes Comunitários <br>de Saúde no Brasil no que tange à desinformação e suas práticas. Os dados foram coletados por <br>meio de um questionário online nas cinco macrorregiões brasileiras Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e <br>Centro-Oeste, e faz parte da pesquisa nacional, “Um estudo multicêntrico sobre as práticas dos <br>agentes comunitários de saúde no Brasil”. No decorrer da pesquisa 6579 agentes comunitários de <br>saúde responderam ao questionário nas cinco regiões do país com uma maior frequência no <br>Nordeste. A desinformação é uma informação falsa ou imprecisa cuja intenção deliberada é enganar. <br>No contexto das práticas dos ACS, pode afetar os aspectos relacionados à atuação desses <br>profissionais no território. É fundamental compreender o impacto das informações falsas nas <br>atividades dos agentes.</p>2025-05-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletivahttps://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/3542A Difusão da Informação, Hiperconectividade e Possíveis Implicações à Saúde Mental2025-05-04T20:38:40+00:00Luciana Silvalucianadias.ufba@gmail.comPaulo André Santospandryx@protonmail.comJosé Carlos Santospostalsalles@gmail.com<p>O presente artigo discorre sobre os possíveis impactos da difusão da informação na saúde mental dos <br>usuários de dispositivos móveis conectados à Internet. Conforme apontam pesquisas científicas, a <br>quantidade média de horas que as pessoas passam conectadas à Internet tem aumentado ao longo dos <br>últimos anos, sobretudo, a partir do advento das redes sociais. Em algumas pesquisas no Brasil, as horas <br>que uma pessoa passa na Internet podem ser equivalentes ou mesmo superiores às horas de sono, em <br>média. Ao levar em consideração esse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a relação entre a <br>difusão da informação na Internet, o seu acesso através de dispositivos móveis e possíveis influências no <br>surgimento de patologias relacionadas à saúde mental. A metodologia definida consiste em uma pesquisa <br>documental, visando a obtenção e análise da base de dados das pesquisas mais recentes realizadas pelo <br>Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre acesso à Internet, a quantidade média de horas <br>de sono e a saúde mental. O entrelaçamento entre dados obtidos e consequente inferência contará com a <br>contribuição teórica de Bauman (2007), sobre a abordagem da conectividade entre as pessoas (ou, da <br>necessidade de permanecer conectado). Sobre o viés informacional, mais especificamente, o trabalho <br>recorre ao trabalho de Le Coadic (1996), em sua abordagem sobre a difusão da informação.</p>2025-05-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletivahttps://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/3541A Dengue no Brasil: Políticas de Comunicação, Difusão e Promoção do Acesso a Informações e Conhecimentos Técnico-Científicos2025-05-04T20:32:51+00:00Jacqueline Silvajacqueline.silva@unirio.brAngelica Marquesangelicacunnha@unb.br<p>Este trabalho se insere nos desafios e nas preocupações decorrentes de uma infodemia, cujo <br>caso de estudo é o cenário da epidemia da dengue na América do Sul, especialmente no Brasil. Objetiva <br>discutir as políticas relacionadas à comunicação, à difusão e à promoção do acesso a informações e <br>conhecimentos técnico-científicos sobre a epidemia da dengue no país, tendo em vista considerações <br>para a otimização desses processos como vias de inclusão e minimização das desigualdades sociais. A <br>investigação qualitativa abrange abordagens exploratória e descritiva, desenvolvidas a partir de estudos <br>bibliográficos e documentais, particularmente nos sites da Organizção Mundial de Saúde e Organização <br>Pan-Americana de Saúde. Fundamentada nas relações de bio-poder, propostas por Foucault, prevê a <br>identificação dos aspectos históricos que circundam a hegemonia da transferência de informações e <br>conhecimentos técnico-científicos, assim como as instâncias, instituições, políticas e modalidades de <br>integração dos fluxos multilaterais que perpassam a América do Sul. Discute os Objetivos de <br>Desenvolvimento Sustentável (ODS) no âmbito da Agenda 2030 – destacadamente aqueles sobre a <br>saúde, o bem-estar e a redução das desigualdades – à luz dos aportes teóricos da Ciência da <br>Informação em interface com a Filosofia, a Sociologia da Ciência e a Arquivologia, para a compreensão <br>desses fluxos, com enfoque nas políticas de informação voltadas à promoção e ao acesso aos sistemas <br>de saúde das referidas instâncias. Sistematiza considerações sobre as ações que contemplam o <br>(re)conhecimento e acolhimento das assimetrias que caracterizam o universo da pesquisa, bem como <br>para a comunicação, a integração dos referidos fluxos no cenário epidemiológico, conforme as condições <br>geo(políticas e estratégicas) e as relações de bio-poder dos países da região. Conclui que os <br>fundamentos teóricos de Foucault acerca da “bio-história”, da “bio-política” e do “bio-poder”, no campo de <br>uma sociedade normalizadora, podem ser contemporaneizados à atual, em que informação e <br>conhecimento são recorrentemente utilizados como tecnologias estratégicas de poder, num cenário <br>caótico, marcado pela (info)epidemia. Entre o hegemônico e a dependência, a liderança e a integração, o <br>idealismo de homogenia e a realidade das assimetrias, a tradução de soluções dos países do Norte para <br>problemas dos países do Sul mostra-se insuficiente e ineficaz diante das ameaças à segurança nacional, <br>urbana, social, individual e informacional. Para além da bipolaridade, que tradicionalmente categorizava <br>o mundo em dois blocos de poder, a multilateralidade perpassa a produção, a gestão, a organização, a <br>preservação, a comunicação e a promoção do acesso às informações e aos conhecimentos, <br>evidenciando novas possibilidades de sua difusão e apropriação no Brasil.</p>2025-05-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletiva