Resumo
Este ensaio se dedica a refletir sobre o processo de produção de Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I) no Brasil, principalmente no campo da Saúde Coletiva, mas de forma contextualizada com o que vem ocorrendo no mundo. Aponta-se para o quanto foi relevante o crescimento e o desenvolvimento dessas áreas no país nos últimos anos – em particular nos últimos 10 anos – quando o país ultrapassou países muito bem posicionados no cenário mundial. Esse processo mostrou grande dinamismo na área de saúde coletiva que se consolidou como um campo epistemológico, de pesquisa e de docência, sob qualquer aspecto em que for observado. Mas o crescimento científico do país – em todas as áreas de conhecimento, inclusive de saúde coletiva – não foi devidamente acompanhado pela produção tecnológica e pela inovação, o que demanda investimento focado e específico e é hoje objeto de atenção e propostas dos órgãos de fomento em C&T&I. No caso da saúde coletiva, o investimento a ser feito deve contar com a indução do Ministério da Saúde e ser orientado para a internacionalização científica, para a investigação e conseqüentes propostas de boas práticas, para modos de socialização dos conhecimentos e acolhimento do saber proveniente da experiência, e para processos avaliativos que apontem os rumos de aprimoramento do SUS.