PROMOÇÃO DA SAÚDE NA METRÓPOLE COM FOCO NA INTERSETORIALIDADE E SUSTENTABILIDADE

Palavras-chave

promoção da saúde
intersetorialidade
sustentabilidade

Como Citar

Mendes, R., Sacardo, D. P., Noronha, G., Neves, H., & Alves, Y. M. D. (2023). PROMOÇÃO DA SAÚDE NA METRÓPOLE COM FOCO NA INTERSETORIALIDADE E SUSTENTABILIDADE. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 8(3). Recuperado de https://tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1504

Resumo

A complexidade do campo da promoção da saúde tem desafiado pesquisadores e profissionais a desenvolver métodos de avaliação para produzir uma base de evidências sobre a efetividade das políticas e ações empreendidas. Este artigo aborda da temática da produção da evidências da efetividade da promoção da saúde por meio da avaliação do “Programa Ambientes Verdes e Saudáveis – PAVS” implantado como uma política pública municipal em São Paulo/Brasil desde o ano 2009, tomando como dimensões analíticas a sustentabilidade e a intersetorialidade. A abordagem metodológica empreendida foi qualitativa assegurando ampla interação entre os gestores envolvidos no Programa e os pesquisadores. Foram realizadas entrevistas com os atores-chave selecionados a partir da posição gestora que ocupavam no Programa até o ano de 2011. Do ponto de vista analítico, foram observados aspectos que podem auxiliar no entendimento presente e nas perspectivas futuras das iniciativas de promoção da saúde. É significativo o entendimento entre os sujeitos do PAVS de que a sustentabilidade depende da criação de uma visão comum e de um modelo de análise também compartilhado. Essa investigação apontou que o fato de existirem parcerias, trabalho intersetorial, redes sociais, alianças, têm trazido resultados bastante positivos para a manutenção do Programa. Todos essas dimensões explicitadas nos depoimentos daqueles que constroem o Programa nos desafiam a pensar a promoção da saúde sob a ótica do desenvolvimento e da condição humana. Nesse sentido, o PAVS é exemplar, e seus aprendizados podem ser capazes de indicar caminhos para a construção de soluções viáveis aos complexos problemas vividos nas metrópoles

Referências

Baldwin L, Abernethy P, Roberts L, Egan H. Forming, managing and sustaining alliances for health promotion. Health Promot J Austr. 2005;16(2):138-43

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de análise de situação em saúde. Coordenação de Doenças e Agravos não transmissíveis. Curso de Extensão para gestores e profissionais do SUS em promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

Buss PM. (org) Promoção da saúde e a saúde pública: contribuição para o debate entre as escolas de saúde pública da América Latina. ENSP. Rio de Janeiro; 1998.

Buss PM. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência e Saúde Coletiva. 2000; 5(1): 163-177.

Buss PM, Gallo E, Magalhães DP, Setti AFF, Netto FAF, Buss DF. Governança em saúde e ambiente para o desenvolvimento sustentável. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, 16(6):1479-1491

Campos GWS. Um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo: Hucitec, 2000. 236p.

Carvalho MCB. A ação em rede na implementação de políticas e programas sociais públicos" Revista de Información del Tercer Sector, abril 2003

Cerqueira MT. Promoción de la salud y educacón para la salud: retos y perspectivas. In: Arroyo HV, Cerqueira MT. La promoción de la salud y educación para la salud en América Latina: un análisis sectorial. Puerto Rico:Editorial de la Universidade de Puerto Rico/OPS; 1997. p. 7-47.

Fernandez JCA, Mendes R. Gestão local e políticas públicas para a qualidade de vida. In: Fernandez JCA, Mendes, R. (Org.). Promoção da Saúde e gestão local. São Paulo: HUCITEC; CEPEDOC Cidades Saudáveis, 2007.p. 41-60.

Foucault M. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

Franco TB, Merhy EE. O reconhecimento de uma produção subjetiva do cuidado. Disponível em: http://www.professores.uff.br/tuliofranco/textos/reconhecimento-producao-subjetiva-cuidado.pdf [acesso em 18 de maio de 2014].

Furtado JP. Um método construtivista para a avaliação em saúde. Ciência e Saúde Coletiva, 6 (1), 2001, PP. 165-82.

Gallo E, Setti AFF Abordagens ecossistêmica e comunicativa na implantação de agendas territorializadas de desenvolvimento sustentável e promoção da saúde. Ciênc. saúde coletiva. Junho 2012. 17(6): 1433-1446.

Junqueira LAP, Inojosa RM.. Desenvolvimento social e intersetorialidade: a cidade solidária. São Paulo: Fundap, 1997.

Junqueira LAP. Intersetorialidade, transetorialidade e redes sociais na saúde. Revista Brasileira de Administração Pública. Rio de Janeiro, vol 34.n.6, p. 35-45, 2000

Mendes R. Cidades saudáveis no Brasil e os processos participativos: os casos de Jundiaí e Maceió. São Paulo; 2000. [Tese de Doutorado – Faculdade de Saúde Pública da USP].

Moysés SJ, Moysés ST, Krempel MC. Avaliando o processo de construçäo de políticas públicas de promoçäo de saúde: a experiência de Curitiba / Assessing the building process of health promotion public policies: the experience of Curitiba. Ciênc. saúde coletiva;9 (3) :627-641, jul.-set. 2004.

Nguyen MN, Gauvin L, Martineau I, Grignon R. Sustainability of the impact of a public health intervention: lessons learned from the laval walking clubs experience. Health Promot Pract.2005 Jan;6(1)44-52.

Onocko Campos R. A gestão: espaço de intervenção, análise e especificidades técnicas. In: Campos (org). Saúde Paideia. São Paulo: Hucitec, 2001. p.122-149.

[PAHO] Pan-American Health Organization Health promotion evaluation: recommendations for policymakers in the Americas. Washington DC. 2002.

Passos, E; Souza, T; Aquino, P; Barros, R. Processo coletivo de construção de instrumentos de avaliação: aspectos teóricos e metodológicos sobre dispositivos e indicadores profissionais. In: Pesquisa Avaliativa em Saúde Mental: Desenho participativo e efeitos de narratividade. São Paulo: Hucitec; 2008. p. 375 – 397.

Pluye P, Potvin L, Denis JL, Pelletier J. Program sustainability: focus on organizational routines. Health Promot Int.2004 Dec19(4): 489-500

Pluye P, Potvin L, Denis JL. Making public health programs last: conceptualizing sustainability. Evaluation and Program Planning, 2004b.

St Leger L Questioning sustainability in health promotion Health Promot Int.2005 Dec; 20(4):317-9.

Swerissen H, Crisp BR. The sustainability of health promotion interventions for different levels of social organization. Health Promot Int. 2004 Mar;19(1)123-30.

Vermeer AJ, van Assema P, Hesdahl B, Harting J, de Vries NK. Factors influencing perceived sustainability of Dutch community health programs. Health Promot Int. 2013 Sep 9. Health Promot. Int. first published online

Westphal MF. Promoção da saúde e prevenção de doenças. Campos GWS; Minayo MCS; Akerman M; Drumond Júnior M; Carvalho YM. Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro, Hucitec; Fiocruz, 2006. p.635-667.

WHO Regional Office for Europe. Evaluation in Health Promotion: principles and perspectives. WHO-Europe. Copenhague. 2001.