Mulheres encarceradas: relação entre autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias
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Como Citar

Aquino, L. C. D. de, Laurindo, C. R., Silva, M. F. da, Leite, I. C. G., & Cruz, D. T. da. (2021). Mulheres encarceradas: relação entre autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias: relationship between self-rated health and discriminatory experiences. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 12(2). https://doi.org/10.18569/tempus.v12i2.2832

Resumo

Objetivou-se verificar a correlação entre autoavaliação do estado de saúde e tratamento discriminatório recebido por detentas em uma unidade prisional. Trata-se de um estudo transversal. Foi realizado um inquérito com 99 mulheres acauteladas em uma unidade prisional na cidade de Juiz de Fora-MG de setembro/2019 a fevereiro/2020. A coleta de dados deu-se através de entrevista face a face, por meio de questionário semiestruturado. Os dados foram processados através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 15.0 e submetidos à análise descritiva e cálculo de coeficiente de correlação de Spearman. Foi realizada também a análise de componentes principais, utilizando o autovalor (Kaiser criterion) e o método de fatoração do eixo principal, rotação ortogonal (varimax). Foram encontrados resultados significativos (p<0,05) na análise de correlação entre pior autoavaliação do estado de saúde e experiências discriminatórias relacionadas a condição social e aparência física por parte de outras detentas. O total de explicação da variabilidade entre CP1 e CP3 para tratamento discriminatório por parte de funcionários foi 74,7%; por parte de outras detentas entre CP1 e CP2 foi 67,5%. Considerando a robustez da autoavaliação como indicador de saúde e qualidade de vida, podemos inferir que a vivência de experiências discriminatórias tem impacto negativo sobre o estado de saúde das mulheres privadas de liberdade. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de compreensão da dinâmica de saúde deste grupo sob a ótica do conceito ampliado de saúde, bem como a urgência de políticas públicas efetivas que garantam atendimento integral.

https://doi.org/10.18569/tempus.v12i2.2832
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