SEM MÃOS QUE SUSTENTEM

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Palavras-chave

Unified Health System; Health System Financing; Public Expenditures on Health. Sistema Único de Salud; Financiación de los Sistemas de Salud; Gasto Público en Salud. : Sistema Único de Saúde; Financiamento dos Sistemas de Saúde; Gastos Públicos com Saúde.

Como Citar

Ferreira de Aquino, C. M., Lopes Cruz Damázio, S. ., Falangola Benjamin Bezerra, A. ., & Rejane de Medeiros, K. . . (2024). SEM MÃOS QUE SUSTENTEM: O FINANCIAMENTO E GASTOS PÚBLICOS COM SAÚDE NO BRASIL. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 15(4), 316–343. https://doi.org/10.18569/tempus.v15i4.2984

Resumo

Sustentado na Constituição Federal de 1988 e demais legislações de ordenação, pode-se dizer que o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) é uma conquista advinda de movimentos sociais em período de transformação singular e reforma do cenário político nacional. Nos anos consecutivos, enfrentou oposições, mas conseguiu manter-se presente apesar das diversidades, dentre as quais, destaca-se o financiamento. O desafio de seguir seus princípios fundamentais foi sustentado no SUS pelas mesmas mãos que o ergueram, contudo, os ataques à sua sustentabilidade são permanentes e paulatinamente crescentes, em especial após a aprovação de Emendas Constitucionais que alteraram fontes e formas de financiamento. O advento da pandemia de Covid-19 traz ao governo neoliberal atual o paradoxo de necessitar do SUS firme em meio ao projeto consistente do seu desmantelamento. Não é possível conceber um sistema que se apresente como universal, com mecanismos de contenção orçamentária que impossibilitem a expansão ao acesso a serviços públicos de saúde e que não retratem a realidade brasileira e sua vasta diversidade populacional e territorial. É proposto que o subfinanciamento demonstra ser um problema que tende a se cristalizar como uma prioridade para o SUS e, portanto, cujo conflito será contínuo.

https://doi.org/10.18569/tempus.v15i4.2984
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