Resumo
A resposta brasileira ao HIV/AIDS foi instituída em 1986 com programas estruturados no âmbito estadual e nacional. Até à data, avanços importantes foram feitos com o desenvolvimento de uma rede estruturada para o atendimento integral às pessoas vivendo com HIV, incluindo aconselhamento e testagem em 426 unidades, 636 ambulatórios de HIV, 677 farmácias de dispensação de medicamentos de anti-retrovirais, hospitais-dia e cuidados domiciliários e uma rede de laboratório que fornece a contagem de CD4, carga viral e genotipagem do HIV. O acesso universal no Brasil está garantindo tratamento e cuidados, prolongamento da sobrevida e melhoria da qualidade de vida para cerca de 200.000 pessoas com HIV, incluindo os pacientes multi-experimentados com resistência às drogas e que estão recebendo novos medicamentos disponíveis, tais como enfuvirtida, darunavir e raltegravir. A falha terapêutica, resistência às drogas e o alto custo dos medicamentos importados representam um desafio; o contínuo para a sustentabilidade do acesso universal, sublinhando a importância de reduzir as novas infecções com uma estratégia ampla de prevenção. O desenvolvimento de estratégias de cuidados e serviços de efeitos colaterais metabólicos, doenças cardiovasculares, neoplasias, co-infecções como a tuberculose e a hepatite são outros desafios; os que a resposta nacional ao HIV no Brasil está enfocando para garantir os melhores cuidados possíveis para todos.