Abstract
Objetivou-se identificar a prevalência de distúrbios fisiológicos e psicológicos que acometem a população de Lésbicas Gays Bissexuais e Transgêneros (LGBT) como consequência da violência sofrida. Esta investigação trata-se de um estudo transversal realizado com 316 indivíduos LGBTs recrutados a partir do movimento reivindicatório intitulado Parada do Orgulho LGBT, nos municípios de Juazeiro do Norte e Crato, Ceará, Brasil. Os resultados demonstraram que a violência psicológica foi o tipo de violência mais prevalente (78,8%, n=249) em relação a violência física (31,3%) e sexual (18,4). Houveram consequências decorrentes da violência sofrida na maioria dos entrevistados (81,4%, n=257). No que concerne a estas consequências, houve forte destaque para a ocorrência de consequências psicológicas nos participantes, principalmente através da manifestação de tristeza (42,7%, n=135). Ademais, se mostrou bastante preocupante o elevado número de participantes que tentam cometer suicídio após manifestação de pensamentos suicidas (13,9%, n=44). Tais resultados demonstram que a violência contra a população LGBT produz desordens de caráter psicológico e fisiológico que ameaçam consideravelmente a qualidade de vida desse grupo, ao passo que repercutem negativamente em sua sociabilidade e realização de atividades de vida diária. Neste sentido, faz-se necessário combater a raiz de tais problemas a partir da garantia dos direitos humanos do grupo e enfrentamento aos ataques cotidianos contra a moral direcionados a esta população.References
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