Abstract
O propósito deste artigo é refletir sobre o papel dos agentes comunitários de saúde no que diz respeito à comunicação em saúde. Os modelos de família e de equipe estão em transformação na sociedade e requerem novas formas de comunicação capazes de contemplar essa dinâmica, a mobilidade e as interações de papéis sociais. O Programa de Saúde da Família (PSF) busca fazer uma inversão importante na lógica e nas práticas envolvidas no processo de produção da saúde, trabalhando com as famílias e equipes como protagonistas, num plano horizontal. Depara-se, nesse processo, com as armadilhas dos hábitos e práticas típicas das organizações piramidais, com comunicação autoritária, que ergue muros de incompreensão entre os sujeitos da relação e, também, a influência das práticas do marketing na comunicação cotidiana. Porém, carrega um mundo de possibilidades de gerar compreensão, confiança e solidariedade. Algumas, já experimentadas e avaliadas, reiteram a capacidade do modelo do PSF em lidar com a dinâmica da sociedade contemporânea.