Abstract
No principio e no fim, falamos é do Sistema Único de saúde (SUS). PSF é só uma parte que vem a ajudar a construí-lo. E antes do SUS, há uma história a ser contada. Porque sem ela não se pode entender a magnitude do desafio que se tem pela frente e a ruptura epistemológica1 que precisamos fazer para construir o novo na saúde, e dentro desse desafio uma das estratégias adotadas é o PSF.
Dizer que temos heranças flexnerianas, que temos idéias corporativas, que a mídia não diz nada de bom do SUS, que a população não conhece o SUS/PSF é, até certo ponto, óbvio. Mas, para entendermos o significado e a ousadia de colocar numa constituição que saúde é direito de todos, dever do Estado2 – e a partir daí lutar para viabilizar o inscrito, e montar uma estratégia para tal (uma delas o PSF) –, devemos nos reportar ao século XIX, conforme relata Rosen em seu livro Da Política Médica à Medicina Social3. É de lá que vem a herança progressista do Movimento para Reforma Sanitária, o protagonista da construção do SUS e do próprio PSF.