Abstract
Este texto analiza compartivamente políticas e programas de prevenção e controle de uso e abuso de drogas, em relação à epidemia de HIV/aids e as ações de redução de danos implementadas em alguns países. Focalizam-se recentes mudanças no contexto internacional, especificamente nos Estados Unidos sob novas orientações que levantam o veto sobre o apoio federal às estratégias de redução de danos. Reconhecem-se as limitações dessas estratégias face as iniquidade socioeconômicas e de gênero. Apresenta-se o paradoxo da resposta iraniana que combina estratégias integradas de redução de danos com a negação da prevenção orientada a coletivos vulneráveis invisíveis ao governo, como os homossexuais. À despeito das diferentes experiências, é possível se orientar à construção de uma agenda global de enfrentamento do consumo de drogas como problema de saúde pública.