Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre as prevalências dos indicadores de frequência de consumo alimentar e as taxas padronizadas de mortalidade por COVID-19 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Trata-se de um estudo ecológico, cujas unidades de análise foram as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal. Os indicadores de consumo alimentar (consumo recomendado e regular de frutas e hortaliças; consumo de alimentos protetores para doenças crônicas não transmissíveis) foram estimados pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2019 (VIGITEL). As taxas de mortalidade por COVID-19 foram obtidas no sistema SIVEP-Gripe. Para avaliar a correlação entre as taxas padronizadas de mortalidade de COVID-19 e os indicadores alimentares da população adulta brasileira, foi utilizado o teste de Correlação de Pearson. Foi observada correlação negativa entre a prevalência de consumo recomendado de frutas e hortaliças e a taxa padronizada de mortalidade por COVID-19 (r = -0,507; p=0,006), bem como entre a prevalência de consumo regular de frutas e hortaliças e a taxa padronizada de mortalidade por COVID-19 (r = -0,461 p=0,015). Este estudo apontou que, em nível populacional, há relação inversa entre as taxas de mortalidade por COVID-19 e as prevalências de consumo recomendado e regular de frutas e hortaliças nas cidades capitais brasileiras.
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