NEISSERIA MENINGITIDIS NO RIO GRANDE DO SUL: UMA COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE VACINAL SOBRE OS SOROGRUPOS MAIS PREVALENTES

Resumo

A Neisseria meningitidis provoca doenças invasivas como a meningite e apresenta seis sorogrupos patogênicos. A forma de combater sua propagação é através da vacinação, já implantada desde 2010 no SUS para menores de 1 ano e em 2017 para adolescentes. O objetivo deste trabalho é comparar a efetividade vacinal sobre os sorogrupos e sorotipos mais prevalentes de N. meningitidis no RS. Métodos: A coleta de dados se deu através de banco de dados apresentando os sorogrupos e sorotipos de cada amostra durante o período de 2009 a 2021. Os dados foram analisados através de análise descritiva simples. Resultados: Observando os resultados até 2012 o sorogrupo mais frequente era B e a partir de 2014 passou a ser o C, seguido do W. Já dos 20 diferentes sorotipos conhecidos o 23 foi o mais frequente. Em 2009 e 2010 a frequência de casos em menores de um ano era de 40% e 28,6%, respectivamente. Desde 2010 a frequência do sorogrupo B é a maior em menores de um ano. A partir de 2017, em menores de quinze anos houve uma redução no número de casos por C. Conclusões: Os dados demonstram que a vacinação está sendo efetiva, sendo agora o B o responsável pela maioria de casos em menores de um ano. Nesta patologia não existe imunidade de rebanho. Para que as vacinas sejam ainda mais eficientes, e atinjam a população adequada, um panorama do sorogrupo e sorotipo mais frequentes no RS se fez necessário.