Resumo
O presente artigo discute a representatividade da população negra dentro de uma das principais plataformas de comunicação do Ministério da Saúde questionando se as postagens estão mais próximas do racismo institucional ou da promoção de igualdade racial. Através de uma metodologia netnográfica o estudo buscou analisar todas as postagens realizadas no perfil do Instagram do Ministério feitas no segundo semestre de 2019, estratificou de manualmente todas postagens que eram possíveis identificar a etnia de uma pessoa, ou da caricatura de um ser humano, fazer a respectiva contabilidade e analisar o post. Ao analisar as publicações foi possível identificar três pontos importantes, o número de postagens com pessoas negras em relação às pessoas brancas; a relação entre as imagens que apresentavam mais de uma pessoa e quantas nessas eram negras; e se às imagens promoveram promoção a saúde da população negra.Referências
Ministério da Saúde. Informação, Educação e Comunicação: Uma estratégia para o SUS. 1996.
Thomaz GM, Biz AA, Pavan CS. Análise das Ações de Marketing em Mídias Sociais pelas Destination Management Organizations (DMO): um Estudo Comparativo da Promoção Turística no Facebook. Pasos, 14(2), 543-559.
Silva CMS. A visibilidade do negro no Instagram do Ministério da Saúde. Distrito Federal. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Saúde Coletiva] - Universidade de Brasília. 2019.
Vianna LAC. Determinantes Sociais de Saúde: processo saúde doença [internet]. [Acesso em: 10 mar. 2020] Disponível em: <https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/7/unidades_conteudos/unidade05/unidade05.pdf>.
Nascimento A do. O Genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro. EDITORA PAZ E TERRA S/A, 1978.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [internet]. Tabela 3175. População Residente por Raça ou Cor, segundo a situação de domicílio, o sexo e idade. [acesso em 13 mar 2020]. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/3175#resultado>.
Da Silva NIR. Racismo na Mídia e a Representatividade (ou não) de MV BILL. Rio de Janeiro. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Comunicação Social/ Jornalismo] - Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2013
Zanini Débora. "Etnografia em mídias sociais." Monitoramento e pesquisa em mídias sociais: metodologias, aplicações e inovações. São Paulo: Uva Limão (2016): 163-186.
Correa MV, Rozados HBF. A netnografia como método de pesquisa em Ciência da Informação. revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação; 2017.
Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Série Estudos e análises: Informação Demográfica e Socioeconômica. Ministério do Planejamento. Rio de Janeiro. [Acesso em: março 2020.] 2013. Disponível em:<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv63405.pdf>.
CARNEIRO, S. Mulheres em movimento. Estudos avançados, vol.17, no.49. São Paulo, 2003.
MARTINE, Joly. A Imagem e a Teoria Semiótica. In: ____. Introdução à Análise da Imagem. Título original: Introduction à l’analyse de l’image. Paris: Éditions Nathan, 1994. Tradução: José Eduardo Rodil. Lisboa, Ed. 70. 2007.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra : uma política para o SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2017.
Brasil. Decreto No 4.886, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2003. Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial - PNPIR [internet]. 2003. [citado 10 nov. 2019]Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4886.htm>.