Abstract
O presente estudo tem como objetivo investigar as representações sociais (RS) do diabetes mellitus tipo 2 (DM 2) e do tratamento de pessoas que vivem com essa condição crônica. Para tanto, 40 usuários dos serviços de saúde de um município do litoral catarinense, sendo vinte homens e vinte mulheres, participaram da pesquisa. Foram utilizadas entrevistas emiestruturadas submetidas à análise textual por meio do software Alceste. Os participantes apresentaram o seguinte perfil: média de idade 62 anos, a maioria (37 pessoas) com escolaridade Ensino Fundamental, aposentados por invalidez ou por tempo de serviço, a maioria casada e algumas viúvas e a média do tempo de tratamento do diabetes foi 12 anos. A análise do material textual, dividido em dois corpus: Diabetes e Tratamento do DM, revelou o diabetes como doença que exige cuidados, mas também como doença que proíbe a ingestão de alimentos que fizeram parte da dieta alimentar de toda uma vida. Para os entrevistados, tratar o diabetes traz vantagens, porém consideram a medicação como a principal medida para o controle. O diabetes é uma doença que passa a ser conhecida somente quando ocorre o agravamento dos sintomas ou surgem complicações. Isso acarreta a prescrição de um tratamento muito mais restritivo em termos de dieta alimentar e aumento da quantidade de
medicamentos a serem ingeridos diariamente.