Abstract
Objetivou-se identificar e analisar as representações sociais do contágio da hanseníase por mulheres com o corpo alterado por esta doença, e suas conseqüências para a vida sócio-familiar. Pesquisa qualitativa
e descritiva, com aplicação da teoria das representações sociais. Participaram quarenta e três mulheres atendidas em uma Unidade
de Referência Especializada em dermatologia sanitária. Realizou-se entrevista individual e observação sistemática. Realizou-se análise
lexical, através do software ALCESTE. Os resultados evidenciam representações sobre o contágio da hanseníase remetendo à lepra, ao
preconceito e ao confinamento nas colônias,
inclusive com separação de utensílios domésticos. Conclui-se sobre a importância da desconstrução destas representações, considerando a subjetividade pelo acesso à história dos sujeitos o qual possibilita
entender os significados que estes atribuem ao adoecimento e suas implicações relacionadas ao estigma da hanseníase.