Perda do primeiro molar permanente e necessidade de tratamento endodôntico aos 12 anos no Brasil
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Souza, G. C. de A., & Roncalli, A. G. (2020). Perda do primeiro molar permanente e necessidade de tratamento endodôntico aos 12 anos no Brasil. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 13(3), Pág. 09–23. https://doi.org/10.18569/tempus.v13i3.2628

Abstract

Objetivo: Objetivou-se discutir as desigualdades regionais e de renda na perda do primeiro molar permanente e necessidade de tratamento endodôntico aos 12 anos, Brasil. Foram analisados dados de 7328 crianças de 12 anos, examinadas no levantamento epidemiológico em saúde bucal de base nacional SB Brasil 2010. Métodos: A associação entre as variáveis dependentes e variáveis relativas às dimensões geográficas brasileiras e renda foi realizada pelo teste de associação qui-quadrado, nível de significância de 5%, estimando-se a razão de prevalência. Resultados: No Norte, há cinco vezes mais perda de molares em relação ao Sul e Sudeste, e no Nordeste, 2,6 vezes em relação ao Sudeste. As variáveis associadas à perda de primeiro molar e à necessidade de tratamento endodôntico foram, respectivamente, menor renda familiar (RP=3,07; 95% IC: 1,33-7,11), (RP=3,24; 95% IC: 1,64-6,41), e morar no interior das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Conclusão: Este estudo revela desigualdade na forma de tratamento da cárie no Brasil, com tratamento mutilador mais frequente no Norte, Nordeste, interior do Centro-Oeste e em famílias com menor renda, similarmente à necessidade de tratamento endodôntico, que indica presença de cárie em seu nível mais grave, representando ausência de tratamento precoce e dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
https://doi.org/10.18569/tempus.v13i3.2628
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