Resumo
A formação de bacharéis em saúde coletiva propõe um novo modo de organização do processo de trabalho em saúde. Enfatiza-se a promoção da saúde, a prevenção de riscos e agravos, a reorientação da assistência, e a melhoria da qualidade de vida, privilegiando mudanças nos modos de vida e nas relações entre os sujeitos sociais envolvidos no cuidado à saúde da população. O presente artigo relata a experiência de acompanhamento ocorrida em setembro de 2019, de egressos da primeira turma de graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, em Marabá - Pará. Dentre os 11 egressos da primeira turma deste curso de bacharelado, apenas 5 responderam ao formulário de acompanhamento, resultando no seguinte perfil: 80% têm entre 22 e 25 anos de idade, 80% do gênero masculino, 60% pardos, 80% solteiros, 80% residem em Marabá; 20% exerciam atividade remunerada durante a graduação e nenhum está inserido na área de atuação do curso. Dos respondentes, 50% estão exercendo atualmente alguma atividade remunerada com carga horária igual ou superior a 40 horas semanais. Apesar dos egressos terem concluído o curso há menos de 12 meses, o fato de não estarem inseridos na área é preocupante, ainda que as oportunidades de regularização do curso em concursos públicos estejam avançando. É importante o acompanhamento dos egressos como função social da universidade, buscando assim, observar o seu percurso e também manter vínculo e interação com a comunidade.