Abstract
Este relato de experiência se refere aos
povos Macuxi e Wapixana, que habitam a
comunidade de Tabalascada no Estado de
Roraima. O histórico se refere às migrações que
trouxeram os Macuxi (povo de língua Karib)
à região da Serra da Lua, onde já moravam
os Wapixana (povo de língua Aruak). Foram
1Estudante de Nutrição. Faculdade de Ciências da Saúde
(FS) – Universidade de Brasília (UnB);
2 Estudante de Medicina. Faculdade de Medicina - UnB;
3 Doutora em Sociologia. Professora do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), Coordenadora do Projeto
Vidas Paralelas Indígena (PVPi);
4 Doutor em Saúde Pública. Professor do Departamento
de Saúde Coletiva (FS/UnB), tutor do PVPi;
5 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Saúde da UnB; Pesquisadora Associada do
Núcleo de Estudos em Saúde Pública / NESP, tutora do
PVPi;
6 Doutora em História. Professora do Departamento de
Enfermagem (FS/UnB), tutora do PVPi.
no passado inimigos. Em Tabalascada 90,0%
dos habitantes são Wapixana e os Macuxi
são produto de casamentos inter-étnicos.
Povos indígenas da região norte do Brasil
(Macuxi) e da Venezuela compartilham a
mesma cosmovisão do surgimento do mundo.
Descreve-se a organização hierárquica da
comunidade e suas lideranças eleitas por uma
assembleia, bem como a articulação com outras
comunidades no seio do Conselho Indígena de
Roraima (CIR). Descreve-se o alto grau de
articulação institucional da educação indígena
no estado e a entrada de estudantes indígenas
a universidades. A comunidade é atendida por
uma equipe multiprofissional que, além de
enfermeira, odontólogo e médico, tem agente
indígena de saúde, agente de saneamento
básico e microscopista, estes últimos oriundos
da comunidade.