Apoio institucional como dispositivo de mudança na saúde da mulher
PDF

Palavras-chave

Atención primaria de salud
Atención integral a la salud de la mujer
Apoyo a la aplicación de políticas de salud
Apoyo al desarrollo de recursos humanos
Manejo de la salud Atenção primária à saúde
Atendimento integral à Saúde da Mulher
Apoio à aplicação de políticas na saúde
Apoio ao desenvolvimento de recursos humanos
Gestão em saúde Primary health care
Comprehensive care for Women's Health
Support for the application of health policies
Support for the development of human resources
Health management

Como Citar

Rattner, D., & Alves Lopes, R. (2025). Apoio institucional como dispositivo de mudança na saúde da mulher: comparação entre equipes do PMAQ-AB. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 17(1), 5–21. https://doi.org/10.18569/tempus.v17i1.3036

Resumo

Apoio Institucional (AI) é definido como uma função gerencial para cogestão que objetiva promover gestão compartilhada rompendo com modelos tradicionais de administração. Seu conceito visa reafirmar o modelo de gestão baseada em relações horizontais, democratizadas, contínuas e solidárias. O artigo objetiva compreender o impacto da utilização do AI como instrumento de gestão em relação às equipes de saúde participantes do 3º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) focando aspectos relacionados à Saúde da Mulher e comparando resultados de equipes com e sem AI. Trata-se de pesquisa avaliativa com abordagem quantitativa de delineamento transversal baseada em dados secundários de acesso público do PMAQ-AB, analisando os resultados das equipes de AB aderidas ao 3º Ciclo e avaliadas por entrevista externa. Constatou-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre as respostas, sendo que equipes com AI realizaram uma linha de cuidado relativa à Saúde da Mulher mais qualificada. Conclui-se que a experiência com AI pode se configurar como prática técnica e relacional, fornecendo possibilidades para enfrentamentos cotidianos em outras redes de atenção para construção de melhorias, sendo uma excelente estratégia para gestão, oferecendo associação positiva com resultados melhores para as equipes que o utilizam.

https://doi.org/10.18569/tempus.v17i1.3036
PDF

Referências

Campos GWS. Um método para análise e cogestão de coletivos. São Paulo: HUCITEC; 2000.

Campos GWS. Paideia e gestão: indicações metodológicas sobre o apoio. In: Campos GWS, organizador. Saúde Paideia. São Paulo: Hucitec; 2007. p. 85-102.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual Instrutivo PMAQ: para as equipes de atenção básica (saúde da família, saúde bucal e equipes parametrizadas) e NASF. Brasília (DF): SAS; 2017.

IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2019.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília (DF): SAS; 2004.

Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília (DF): MS; 2016.

Mendes CRA. Atenção à Saúde da Mulher na AB: Potencialidades e Limites. Ensaios Cienc Cienc Biol Agrar Saúde. 2016;20(2):65-72.

Campos GWS. Equipes de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 1999;4(2):393-403. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81231999000200013&lng=en. doi: 10.1590/S1413-81231999000200013.

Pereira Junior N, Campos GWS. O apoio institucional no sistema único de saúde (SUS): os dilemas da integração interfederativa e da cogestão. Interface Comun Saúde Educ. 2014;18(Supl 1):895-908.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária. O que é a Atenção Primária. Brasília (DF): SAS; 2021 [acesso em 25 mar 2021]. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/smp/smpoquee.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estatísticas de câncer. Brasília (DF): INCA; 2021 [acesso em 26 mar 2021]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer.

Guedes CR, Roza MMR, Barros MEB. O apoio institucional na Política Nacional de Humanização: uma experiência de transformação das práticas de produção de saúde na rede de atenção básica. Cad Saúde Colet. 2012;20(1):93-101.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4ª ed. Brasília (DF): SAS; 2010.

Santos AF, Machado ATGM, Reis, Abreu DMX, Araújo LHL, Rodrigues et al. Apoio institucional e matricial e sua relação com a atenção primária à saúde. Rev Saúde Pública. 2015;49:54. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102015000100241&lng=en. doi: 10.1590/S0034-8910.2015049005519.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Apice ON - Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia. Brasília (DF): SAS; 2017.

Fernandes JA, Figueiredo MD. Apoio institucional e cogestão: uma reflexão sobre o trabalho dos apoiadores do SUS Campinas. Physis. 2015;25(1):287-306. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312015000100287&lng=pt. doi: 10.1590/S0103-73312015000100016.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília (DF): SAS; 2017.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Tempus – Actas de Saúde Coletiva